Fernando Nahuel/Efe
Pela terceira vez em menos de um mês, milhares de estudantes chilenos foram ao meio-fio nesta quinta (14) para pressionar o governo por melhorias no sistema educacional público.
Os organizadores da marcha estimaram em 80 mil o número de manifestantes, entre estudantes, professores e pais de alunos. Na conta da polícia, foram 30 mil.
As autoridades chilenas haviam proibido os manifestantes de levar o protesto para a frente da sede do governo. A rapaziada deu de ombros.
A polícia informou que 32 carabineiros saíram feridos. Foram recolhidos ao xilindró 54 manifestantes. Não há vestígio de dinheiro de estatais chilenas no custeio dos protestos.
No Brasil
Antônio Cruz/ABr A União Nacional dos Estudantes realiza em Goiânia um congresso chapa branca. Está orçado em cerca de R$ 4 milhões. O evento, que cultuou Lula nesta quinta (14), carrega no borderô verbas de estatais como a Petrobras e até da pasta dos Transportes, enodoada pela corrupção. Instado a comentar o inusitado, o presidente da UNE, Augusto Chagas (no centro da foto, entre Lula e o ministro do MEC, Fernando Haddad), soou assim: “O patrocinador é o dinheiro público, o dinheiro da União. Nós achamos que o Congresso da UNE tem função pública…” “…Ele serve ao Brasil. É uma atividade que mobiliza milhares de estudantes ao longo de três meses”. Há três dias, o MEC divulgou o resultado do último censo escolar. Ficou-se sabendo: um em cada cinco estudantes do ensino fundamental está atrasado na escola. No ensino médio, estão matriculados em séries inadequadas à faixa etária três em cada dez alunos. Os pais dessas crianças acham que, se o governo lhes aparecesse, não se atreveria a aparecer em outra forma que não fosse a da melhoria dos salários dos professores. Enquanto os filiados da UNE gritam no Congresso “mais patrocínio oficial”, a criançada berra nas carteiras das escolas públicas: “Capricha na merenda!” Direto do Blog do Josias de Souza (josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br)
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